Por volta de 1917 a 1918, Tereza Maria de Jesus, seu esposo Onório Borges do Carmo e mais um grupo de vizinhos iniciaram, na antiga estrada que ligava Santa Rita do Paranaíba, Itumbiara à Bananeira, hoje Goiatuba, uma caminhada para rezar um terço em devoção ao Divino Pai Eterno. Reunidos ao pé da montanha, subiam em oração como sinal de sacrifício e como marco inicial da fé ao Divino Pai eterno, fincaram uma cruz ali nas encostas da colina. Foram angariados fundos, junto aos fazendeiros locais e construíram uma capela em área doada pelo casal Onório Borges do Carmo e Tereza Maria de Jesus, inicialmente, um ranchinho feito com folhas de bacuri, um vegetal predominante na região. Em torno desta capela, surgiu um povoado, que mais tarde recebeu o nome de “Terra Quebrada” em virtude dos grandes declínios do solo.
Ao lado da capelinha construíram uma pequena barraca coberta de palhas para exposição de prendas em leilões, que recebiam dos romeiros deste local e das regiões vizinhas, no intuito de adquirir uma capela maior e mais acolhedora. Por volta de 1928, após a construção de uma capela maior, adquiriram uma imagem do Divino Pai Eterno, trazida de Trindade-GO, onde as pessoas começaram a participar ativamente das rezas dos terços, mesmo tendo que viajar dias, pois o único meio de transporte, era o carro de bois.
Em virtude do grande número de romeiros que vinham para o festejos, surgiu a necessidade de melhorar a capela, o que aconteceu por iniciativa do Sr. Alvino Marques, que organizou uma comissão para construção de uma igreja, sendo erguida por José Ferreira de Paiva (José Pedreiro). A Romaria dessa terra, a cada dia ficava mais intensa, vindo celebrar pela primeira vez na nova igreja o Padre Florentino Bermejo, que sugeriu que mudassem o nome do povoado para Divinópolis em homenagem ao padroeiro Divino Pai Eterno. O povoado “Terra Quebrada” foi elevado à categoria de Distrito da Comarca de Itumbiara-GO, em 1931, já com o nome de Divinópolis, onde as festividades religiosas tradicionalmente continuavam sendo realizadas com nove dias de celebrações, tendo início no mês de junho, com término no 1º domingo de julho. Por volta de 1932, imigraram para o Brasil, mais precisamente no Estado de Goiás, no povoado de Divinópolis, um casal de panamenhos oriundos da América Central que passaram a habitar às margens de um ribeirão, o qual, devido ao casal que ali residia, recebeu o nome de ribeirão Panamá.
O Vilarejo foi desenvolvendo e se destacando naquela época com a agricultura e a pecuária graças ao seu solo fértil. Conforme Lei nº 709 de 01 de novembro de 1952, foi criado o município de Panamá, em homenagem ao casal que ali residia, e ao ribeirão que já havia adquirido este nome, desde então se elevou a Comarca, adquirindo autonomia municipal.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Divinópolis, pelo Decreto n.º 410, de 13-11-1931, subordinado ao município de Santa Rita do Paranaíba. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o distrito figura no município de Santa Rita do Paranaíba.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 8.305, de 31-12-1943, o distrito de Divinópolis passou a denominar-se Panamá e o município de Santa Rita do Paranaíba a denominar-se Itumbiara. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Panamá figura no município de Itumbiara. Elevado à categoria de município com a denominação de Panamá, pela Lei Estadual n.º 709, de 14-11-1952, desmembrado de Itumbiara. Sede no antigo distrito de Panamá (ex-povoado). Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1954. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2017.